domingo, 16 de maio de 2010

Árabes , porque tanto preconceito?!




Saber quem você é não quer dizer quem é a sua família, seu status financeiro e sim seu caráter, sua personalidade... Certo? Sim, em partes... Pois não devemos esquecer que a família é quem ajuda a desenvolver sua personalidade e tudo isso tem fortes influências dos seus antecedentes.
Eu me chamo Marina Laura Fernandes Barbosa Da Silva, um nome bem comprido, pois é uma tradição tanto portuguesa quanto árabe de colocar todos os sobrenomes que a criança tenha direito.
Sim, as minhas origens são bem distintas, mas a principal é a portuguesa (Barbosa), A indígena (pois minha tratará tataravó era índia e teve um rolinho aê com um português)
E temos um pouquinho de Árabe, e esse pouquinho foi mais predominante do que a portuguesa, já que minha família é apaixonada por comidas árabes, eu adoro e sei cantar músicas árabes, minha prima já morou na Jordânia, sabe falar um pouco de Árabe (pois ela e seu marido são missionários), minha priminha filha dessa minha prima missionária chama-se Amani (por causa de onde ela nasceu Amã na Jordânia)
Mas o que eu venho dizer aqui é sobre outra coisa.
A descriminação com os Árabes. Eu não sou uma mulher tradicional árabe, que age de acordo com os costumes, que usa burca, que vai se casar e agir sobre a submissão do marido sem poder fazer nada (mesmo que isso ainda exista na tradição árabe, alguns lugares aos poucos esse costume vem diminuindo). O mundo hoje é globalizado pelo sistema capitalista americano, no qual tudo, quase TUDO que usamos tecnologia, vestimenta, alimentação vem dos Estados Unidos (Por isso sou a favor de comprar produtos originais do Brasil, o que favorece mais e mais o crescimento da nossa economia e do nosso desenvolvimento), povo que alem de capitalistas, nós tratam mal (pra eles latinos são uns porcos, sem culturas) e nós continuamos a tratar eles como um modelo a ser seguido.
Não sou uma “santa”, pelo contrario quem me conhece sabe que adoro quebrar algumas regras (quando essas regras não estão certas ou não totalmente esclarecidas), adoro questionar, sair, curtir a vida, não penso em casar tão cedo e principalmente não sou submissa a ninguém (apenas meu pai, e olha lá). Acato ordens apenas quando elas estão de acordo com meu pensamento!
Sempre que o assunto é os árabes, o primeiro pensamento que vem apara todos é o atentado ao 11 de setembro , ou de como são rudes, ou o caso do Árabe que manteve a esposa brasileira com um filho de seis anos e grávida de 4 meses presa, espancando e abusando dela (Até porque não está escrito no alcorão que se deve matar, espancar a mulher ou até prendê-la em casa... pelo contrario se diz que em caso de problemas com o conjugue deve-se conversar e tentar civilizadamente resolver a situação.)..... E outras histórias “cruéis” e assim acaba por criar uma idéia de que todo Árabe, Muçulmano é ruim, cruel...
Não estou dizendo que existem apenas homens bonzinhos árabes, é obvio que existem homens impiedosos assim como existe aqui, nos Estados Unidos, na África, na França, em todo lugar do mundo. contrario se diz que em caso de problemas com o conjugue deve-se conversar e tentar Mas o povo americano que são contra eles conseguiu implantar isso em nossa cabeça.
O que poucas pessoas sabem que por trás dessa restrição da mulher, existe uma cultura antiga e forte que trás tradições, valores, respeito, fé... Coisa que hoje nós esquecemos.
Hoje em dia um filho maltrata seus pais mesmo que eles lhe dêem amor, carinho, saúde, e te tratem com o maior respeito do mundo, hoje em dia os jovens se esqueceram do que é tradição, do que é família, do que é amar o próximo. Agora vai ver se o jovem Árabe muçulmano se esqueceu disso?
Ai você me diz... “Ah, mas é porque ele é obrigado”. Não,nem sempre essa coisa de OBRIGAR para eles aos poucos estão parando , as mentes estão se abrindo aos poucos (Hoje em dia já se tem mulheres que estudam,trabalham,são mães e ainda sim se lembram da sua fé)
E a religião não é tratada como um meio de ganhar dinheiro, de entrar na política. Como no mundo ocidental é feito.
Lá a fé é o principal motivo de continuarem com a religião, com os valores...
Então antes de fazer qualquer suposição, pare pra pensar, pra pesquisar e reavalie seus conceitos.
Não sou muçulmana, nem católica, nem evangélica, nem budista, não sou norte-americana, nem árabe (tenho apenas descendência bem longe) e não vim aqui fazer a sua cabeça, apenas estou dando a minha opinião e espero que você consiga entender-las corretamente.

Obrigada, Marina Fernandes.


Post feito ao som de : ADARGHAL (THE BLIND IN SPIRIT) - Abdelli

3 comentários:

Hector Nirvana disse...

great post! good sociologic analysis and treatment, i agree whit almoust everything, but i disagree whit the doctrination to the childrens of some cultures and religions of orient and occident, we need fight that!

Blog Welcome|Marina F . disse...

Oh thanks Hector !
I only try to say the things that i think .

Claudia disse...

ótimo post !Parabéns

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